O impasse em relação às obras de saneamento da Corsan em Camobi, embargadas na última sexta-feira pelo secretário de Obras Tubias Calil, continua. Na segunda-feira, técnicos da prefeitura, acompanhados de um grupo da Corsan, foram até o local conferir de perto os problemas provocados pela obra em ruas do bairro. Em cerca de uma hora de vistoria, a posição da prefeitura se manteve.
_ Tem muita rua intransitável. Além disso, todo o dia recebemos inúmeras reclamações por causa dos problemas causados pela obra _ justificou Tubias Calil.
Conforme o secretário, foram encontrados problemas em pelo menos 15 ruas. Segundo Tubias, enquanto o conserto não for feito, a obra segue embargada.
_ Não tem como ser liberado. Iria aumentar os transtornos _ disse.
Moradores da localidade fazem coro à reclamação. Durante a visita dos representantes da prefeitura e da Corsan, pelo menos duas pessoas procuraram a reportagem do Diário para mostrar o estado de suas ruas.
Prefeitura só vai liberar obra após recuperação de ruas
O secretário Tubias Calil confirmou que só libera o trabalho da Corsan depois que a Corsan consertar as ruas com problemas. A intenção é, depois disso, permitir o prosseguimento da obra por etapas.
_ Vamos ir liberando por quadra para evitar novos problemas _ explicou Tubias.
No final de semana, o Diário publicou uma reportagem em que o secretário apontava que 60% dos problemas de buracos em asfalto na cidade eram causados por empresas ou terceiros, como a Corsan. Por isso, a prefeitura já proibiu a abertura de ruas com asfalto novo, o que obrigou a Corsan a abrir buracos em calçadas, como na Rua Duque de Caxias.
Na segunda-feira, o Diário tentou contato com o superintendente regional da Corsan, Júlio Cesar do Espírito Santo, entre as 17h e 19h, mas o telefone estava desligado ou as ligações não foram atendidas. Na sexta-feira, ele explicou que a Corsan tem um setor próprio de fiscalização para resolver esse tipo de problema e disse que estava acompanhando o caso.
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